Não é novidade que o uso da melatonina como recurso da
Medicina vem se tornando mais popular a cada ano. E isto devido a
diminuição
da produção deste
hormônio pelo organismo. Na juventude ela é abundante,
diminuindo na puberdade. Mas, na idade madura, é
considerável
a queda de sua produção. Experiências têm
demonstrado
que seu uso adequado pode aumentar em um terço a expectativa de
vida. Muitos a tem utilizado para melhorarem a qualidade do sono, o que
realmente acontece, mais especificamente no sono Rem (Rapid eyes
moviment)
que é o estágio restaurador dos sonhos. Existem
também
estudos demonstrando que doses suplementares de melatonina fortalecem o
sistema imunológico, prevenindo a degeneração das
células e ainda afastando o risco de problemas cardíacos.
Existem até usuários da melatonina, acima de 40 anos, que
afirmam que têm sentido melhorana perfomance sexual.
Identificada, há mais ou menos 40 anos, a melatonina é uma molécula liberada pela glândula pineal, localizada no cérebro.
A melatonina funciona como um protetor das células, agindo
também
como um antioxidante. Vejamos: ao metabolizar o oxigênio, o
organismo
produz moléculas
altamente reativas, chamadas radicais livres que atuam de forma lesiva
nas membranas celulares e até no DNA (ácido
desoxirribonucleico).
Este processo, denominado oxidação, pode comprometer
seriamente
a saúde, causando dezenas de moléstias, como o
câncer,
doenças cardíacas e até mal de Alzheimer e outras
doenças degenerativas. Mas, além da melatonina, o
organismo
também produz vários outros antioxidantes, como as
enzimas.
Diversos nutrientes ( como por
exemplo, as vitaminas C, E, o betacaroteno e o selênio) funcionam
como um reforço extra da natureza, ingeridos pela
alimentação,
com adição de frutas e legumes ou através dos
suplementos.
Na intenção de regular o sono muitas drogas têm
sido usadas, mas com efeitos colaterais danosos, além de
causarem
dependência e roubo da memória. Mas os
pesquisadores ainda não encontraram qualquer problema com a
melatonina como regulador do sono. Ao contrário, apenas
benefícios.
Mas os efeitos benéfícos em relação
à
longevidade não têm sido creditados apenas à
melatonina.
Os pesquisadores estão muito envolvidos também com o DHEA
(diidroepiandrosterona), substância produzida pelas
glândulas
supra-renais (cuja função é de modular e
sintetizar
os hormônios masculinos e femininos), responsável pelo
equilíbrio
do sistema imunológico; melhora do sistema cardiovascular
(principalmente
no homem); melhora do perfil dos hormônios sexuais, além
de
ser também um obstáculo para o diabetes, o câncer e
outras doenças degenerativas e auto-imunes. Como acontece com a
melatonina, o DHEA também sofre queda com a idade, trazendo
conseqüências
nesfastas à saúde. Por isso, já esta havendo uma
suplementação
do DHEA, com êxito em várias partes do mundo, em especial,
nos Estados Unidos e Alemanha.
É oportuno citar que pesquisas realizadas na
Califórnia
apontam o DHEA como inibidor do stress (grande desencadeador de
radicais
livres) e muito benéfico à
qualidade do sono, além de amenizador das dores articulares.
Também a melatonina é apontada como excelente
fortalecedor
do sistema imunológico e conseqüentemente uma forte aliada
de uma vida mais longa e saudável.
Finalizando, é importante lembrar que antes de tomar qualquer suplemento deve-se consultar um médico que tenha conhecimento do assunto.
*Dr. José Antonio Abi Ramia é cardiologista com
pós-graduação em Nutrologia, membro da
Sociedade
de Medicina Ortomolecular do Estado do Rio de Janeiro - Somorj,
fundador
do Centrocardio - Hospital do Coração de Niterói e
Chefe do Serviço Médico do Colégio Pedro II,
unidade
de São Cristóvão, RJ.